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segunda-feira, 15 de junho de 2009

The best Valentine's Day

Eu a observava enquanto a chuva encharcava seu rosto. E que rosto era aquele? Eu me perdia ao encarar seus cabelos dourados e cacheados moldando perfeitamente sua face. Sua boca carnuda lembrava-me minha mãe, e seus olhos eram a parte mais impactante daquele rosto, pois eram como milhões de pérolas negras juntas, formando o mais terno dos olhares.
Deliciava-me ver tal paisagem. Podiam me dizer que era uma ilusão ou um sonho, mas não acreditava que ela pudesse ser rebaixada tão radicalmente. Delirava comigo mesmo ao ver o vento agitando seu cabelo de modo que parecessem raios de sol no meio daquela intensa tempestade. Mas talvez realmente fossem, pelo menos da minha tempestade particular eu tinha certeza que era.
Por fim nossos olhares se cruzaram e ela veio correndo ao meu encontro.
- Amor, estava te esperando há tanto tempo nessa chuva. Não que eu não aprecie banhar-me desta maneira tão agradável, mas onde estava? Senti saudades! - ela exclamou e me abraçou, deixando-me ciente do tamanho de minha sorte.
- Estava presenteando-me - disse, sorrindo.
Ela apertou o corpo molhado de novo no meu.
- Permite-me saber qual presente foi o motivo de tão bonito sorriso?
- Olhar você - toquei seu lábios.
Ela riu e afagou minha mão que estava delicadamente segurando seu rosto.
- Se der esse sorriso de novo, volto para a chuva agora.
- Não. Fique aqui comigo - sussurei em seu ouvido enquanto a abraçava -, fique para sempre comigo.
- O que está querendo dizer? - ela perguntou docemente.
- Estou dizendo que te amo e que quero passar com você o resto da minha vida.
-Isso é um pedido? - hesitou e eu assenti temendo sua resposta.
Esperei um longo minuto para que ela dissesse algo, não ouvindo uma palavra, me afastei para olhá-la, nesse momento percebi que ela chorava. Notando meu olhar culpado e assustado ela se obrigou a falar.
- Entendo o que seu olhar me diz e queria dizer que ele está certo, pois você é o culpado de tudo. O culpado de me deixar noites acordadas esperando para vê-lo no dia seguinte, por me deixar tonta cada vez que me toca, o culpado por me fazer ficar sem ar de tanto rir quando conversamos, de me fazer tão feliz.
- Por que está chorando, então? - indaguei, apesar da voz não passar de um mero sussurro.
- Porque eu te amo e eu também quero passar o resto da minha vida com você.
Peguei seu rosto nas mãos e beijei cada parte dele, deixando para o final os lábios, aqueles que decretaram minha eterna felicidade e selaram o melhor dia dos namorados de todos os tempos.